Eu filósofa
Se eu fosse filósofa, toda a minha teoria seria baseada na inexistência do mal. Toda a agressão, a palavra mal dita, o desgosto, o amargo, todo o desagradável seria uma resposta humana àquilo que não se entende, ao que não é correspondido, ao que é atropelado ou mantido em silêncio, à falta de amor da maneira que se pode entender e receber. Todo mal é um mal entendimento. É a reação possível. É a flor da pele, são os poros, é o pus. Que se põe mal, que sofre e agoniza e contamina. Todo mal é uma forma de dor. Que merece pena. Todo não amor é falta de. É o não aprendizado, é o que eu não posso entender. Exige prática, a vida. E sem alimento se morre.
Mas eu não sou filósofa, eu não sou.
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