"Truth is rarely pure, and never simple" - Oscar Wilde / "Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero é uma verdade inventada" - Clarice Lispector

Saturday, June 27, 2009

Perdão

O perdão não é uma questão de favor ou condescendência, é superioridade intelectual. Quem perdoa o faz porque compreende plenamente a existência humana com todas as suas falhas maravilhosas. Quem perdoa entende que não está no centro, que não há apenas o branco e o preto, que as coisas e os significados estão todos entrelaçados e há tanto, e há tanto. Quem perdoa se absolve também, se liberta do sofrimento enganado de quem não pode observar que há amor mesmo quando não parece haver, e há. Há tanto. A impossibilidade do perdão é falta de vivência, falta de tranquilidade no peito, falta de confiança nas coisas, falta de entendimento, de visão. Quem perdoa vislumbra ainda que por alguns instantes o todo. Quem perdoa é também um pouco Deus.

6 Comments:

Anonymous Anonymous said...

há amor, sempre há. mesmo o amor rarefeito, das alturas, também é amor.

amor, adorei o texto.

bjinhos

June 28, 2009 1:37 PM

 
Anonymous Anonymous said...

O grande problema do perdão, hoje em dia, é a banalização do pecado.

Hoje tudo dá margem ao perdão. Tudo é um pecado mortal, ao passo que pouca coisa realmente merece um perdão adequado.

Para todas as outras, não há desculpas, são irrelevantes. Não deveriam nem passar pelo processo indenizatório do perdão.

June 30, 2009 2:43 PM

 
Blogger Lan said...

sandubadequeijo, muito obrigada pela visita e pelo comentário! muito bom o seu blog, adorei conhecer. beijos

July 02, 2009 2:23 PM

 
Blogger Flávia Stefani said...

Que coisa linda o seu blog. Adorei!

July 20, 2009 9:31 AM

 
Blogger Lan said...

Flávia, que felicidade tê-la por aqui, eu sou sua fã, AMO seu blog! Volte sempre! Beijos

July 20, 2009 1:19 PM

 
Blogger Luiz Marcondes said...

Verdadeiro achado isso aqui... Pessoa culta que não é pedante e ainda se arrisca a dissertar sobre o perdão, na seara das virtudes, essa coisa tão fora de moda e da qual eu mesmo me sinto meio constrangido de querer me aproximar. A autora, ao contrário, encarou de frente a tarefa e se saiu bem! Ganhou mais um freguês. Lerei o blog todo, com calma...

abraços
Luiz.

July 27, 2009 10:34 PM

 

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