Fim
Eu ando paranóica com essa idéia de fim. Não que tudo acaba, que tudo acaba é lugar comum, mas que uma hora acaba tudo. E fico tentando me colocar lá nesta hora. Me ver lá. Tomo uma pausa, outra. E o único pensamento é o de que nada importa. Nada. Tudo faz falta. Tudo faz doer porque não está mais, nem vai. Os incômodos tanto quanto as alegrias. Tanto quanto. Respirar e poder ir para onde quiser a cada minuto do dia. Interagir com pessoas e ser agredido, abraçado, mudar de direção. Todas as coisas, absolutamente todas, me doem porque extinguem-se, esgotam-se. No fim, tudo tem valor. Tudo.
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