Eu abro mão.
Justiça é uma coisa que me parece cada vez mais utópica e ingênua. Quase como a verdade. É um prazer fácil despejar no outro palavras azedas de frustrações recentes ou decisões raivosas de tudo aquilo que nos foi negado. Sofro eu, sofre você também e assim me alivio. E chamo a tudo isso de justiça. Porque você mereceu, fez mal feito, desejou o pior, e agora com todo o meu poder de gente que faz parte do mundo eu promovo igualdade na desgraça te fazendo o mal. Em geral é assim que se dá a justiça na cabeça das pessoas. Mal param para pensar que essa contabilidade do mal causado e do mal pago nem sempre zera o resultado. E se sobrar mal para qualquer um dos lados a justiça terá que ser feita novamente e esse ciclo que começou sei lá onde não termina nunca. Eu não faço justiça. Eu não pago na mesma moeda. Eu não contabilizo o mal que me fazem, intencionalmente ou não, para retribuir e assim me aliviar. Eu não quero que paguem. Eu prefiro esquecer. Eu abro mão.
1 Comments:
NAIKAN !!!!!!!!!!!
LEIA, LEIA!
April 01, 2011 3:46 PM
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